Senador gastou R$ 30 mil de verba pública para participar de ato pró-Bolsonaro
Jorge Seif estava em viagem oficial nos Emirados Árabes e interrompeu programação para apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro em manifestação neste domingo (25/2)
O senador Jorge Seif (PL-SC) estava em viagem oficial aos Emirados Árabes Unidos e fez uma alteração nas passagens aéreas para participar da manifestação bolsonarista realizada neste domingo (25/2), na avenida Paulista, em São Paulo. A vinda relâmpago do parlamentar ao Brasil gerou um custo adicional de aproximadamente R$ 32 mil aos cofres públicos.
Inicialmente, o parlamentar iria de Dubai para Lisboa, onde vai participar do evento da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), mas, por conta do ato em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), fez um bate-volta à capital paulista, que custou mais de R$ 30 mil, de acordo com informação disponível no Portal da Transparência.
Em Dubai, Seif integrou a comitiva comandada pelo governador de Santa Catarina Jorginho Mello (PL), que também esteve presente no ato na Paulista. As passagens aéreas para os compromissos internacionais do senador já estavam compradas desde 30 de janeiro e custaram, incluindo os trechos do Brasil para Dubai, de Dubai para Lisboa e a volta para o solo brasileiro, cerca de R$ 45 mil.
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Com a alteração para estar na manifestação, o custo total da viagem subiu para mais de R$ 77 mil, bancados com dinheiro público. Ao Correio, Seif disse ter “zero constrangimento” em relação à alteração no itinerário da viagem e que a vinda relâmpago para o Brasil foi autorizada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Toda viagem internacional é autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele autorizou e os custos não foram pela cota parlamentar, mas pelo próprio Senado. As atividades políticas também fazem parte da vida do parlamentar e Pacheco entendeu que faço parte da base da oposição e que faz parte da minha atividade parlamentar participar de momento que são importantes para o Brasil”, declarou o senador, que reconheceu que o custo da passagem foi “altíssimo”, mas agradeceu o presidente da Casa Alta por ter “bancado o meu retorno ao Brasil”.
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O Correio procurou a assessoria do senador Rodrigo Pacheco e aguarda retorno. Em nota, o Senado Federal afirmou que as viagens do senador foram autorizadas pela presidência da Casa.
Veja a declaração do Senado na íntegra:
“O Senado Federal informa que a Presidência da Casa autorizou viagem do senador Jorge Seif para acompanhar o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, aos Emirados Árabes, no período de 17 a 25 de fevereiro. Também autorizou a missão do senador catarinense a Portugal, entre 27 de fevereiro e 1º de março, acompanhando o secretário de Turismo de SC, Evandro Neiva Oliveira. Ambas as missões têm caráter de representação do Senado Federal.
O Senado esclarece, ainda, que a solicitação e a utilização de bilhetes e diárias, além do seguro-viagem, são de estrita responsabilidade do senador participante das missões”
Veja, na íntegra, declaração dado por Seif ao Correio:
“Toda viagem internacional é autorizada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Ele autorizou e os custos foram não pela cota parlamentar, mas pelo próprio Senado. As atividades políticas também fazem parte da vida do parlamentar, da vida do senador. Só tenho que agradecer ao presidente Rodrigo Pacheco por ter entendido que faz parte da minha atividade parlamentar participar de momentos que são importantes pro Brasil e por ter autorizado, porque não bastava minha vontade de vir ao Brasil, precisava da chancela do presidente do Senado. Então ele entendeu que faço parte da base da oposição e que a minha participação no evento de hoje faz parte da minha atividade como senador.
Quem pagou isso não foi meu gabinete, foi a mesa do Senado. Agradeço ao Pacheco por ter respeitado a questão democrática, as diferenças ideológicas e ter autorizado minha vinda ao Brasil. Se ele não tivesse autorizado, eu teria que ter ido para Lisboa, como constava no planejamento inicial, e ele não só autorizou como pagou a passagem. Tenho zero constrangimento. Agradeço ao presidente do Senado pelo entendimento do momento político, que ele respeitou, autorizou e bancou o meu retorno ao Brasil com custo que considero altíssimo”.
Com informações do Correio Braziliense
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