Em entrevista exclusiva ao TaguaCei, direto de seu gabinete na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o deputado distrital Chico Vigilante (PT), um dos maiores nome dentro do Partido dos Trabalhadores no DF, antecipou que o PT terá candidato ao Governo do DF (GDF) nas próximas eleições. O distrital não soube dizer ainda quem será o candidato, mas que a posição já está marcada e decidida. “nós teremos candidatos, disso você pode ter certeza”, afirmou.
Além disso, o petista também comentou sobre seu mandato e destacou seu papel em apoio à educação pública local. “Tenho destinado recursos para as escolas, pois tem escola que a gente fez uma transformação efetiva”, informou.

Vigilante também falou a respeito da situação dos serviços de saúde do DF e disse que, em sua opinião, este é o maior problema enfrentado pela população atualmente. “E tem muito recurso para a saúde pública, porém, a verdade é que a gestão não tem sido compatível com a necessidade que a população do DF precisa”, afirmou.
Confira abaixo a entrevista com o distrital na íntegra:
Jornal TaguaCei: Chico, qual balanço o senhor faz desses dois anos e meio de mandato? Muitas conquistas? Conte um pouco sobre isso para nossos leitores?
Chico Vigilante: Olha, temos trabalhado muito para melhorar a estrutura de ensino no Distrito Federal. Tenho destinado recursos para as escolas, pois tem escola que a gente fez uma transformação efetiva. Você chega a ver e dá prazer de ver os trabalhadores, desde a faxineira, o vigilante, a merendeira, os professores e professoras, tanta gente que realmente tem lutado muito para melhorar a situação deles.
Uma outra atuação positiva que eu tive foi no sentido da aprovação de uma lei, de minha autoria, pois essa lei permite as pessoas com 60 anos ou mais andarem de graça no sistema de transporte do DF, tanto nos ônibus como no metrô.
Portanto, para mim foi um ganho extraordinário ter conseguido aprovar essa lei e fazer com que as pessoas idosas, que tenha 60 anos ou mais, possa efetivamente usar o sistema de transporte público do DF de maneira gratuita.

J.T. – Houve outros pontos que o senhor gostaria de destacar?
C.V. – Também temos tido uma discussão, que ainda está acontecendo no momento, que é fundamental, que sobre a alteração da LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) que ainda está em discussão.
Temos também a questão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) e do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB) que foi uma grande discussão. Nós a bancada do Partido Trabalhadores estivemos envolvidos nessa discussão no sentido de não piorar a qualidade de vida aqui do Distrito Federal.

J.T. – Chico, atualmente, na opinião do senhor, qual são os principais problemas enfrentados pela população do DF?
V.C. – Tem alguns gargalos que precisam ser resolvidos. Para mim hoje o grande problema que a gente tem no Distrito Federal é o péssimo atendimento da saúde pública em Brasília. Nós temos só 25% da população do DF com plano de saúde, portanto, você tem cerca de 75% da população ou mais que não tem plano de saúde, que depende efetivamente da saúde pública.
E tem muito recurso para a saúde pública, porém, a verdade é que a gestão não tem sido compatível com a necessidade que a população do DF precisa.

J.T. – Podemos dizer que o governo de Ibaneis Rocha tem sido um governo privatista?
C.V. – A gente está lutando contra isso, tem essa compra que eles estão tentando fazer do Banco de Brasília comprar o Banco Master. Eu acho que é um negócio que, por enquanto, eu acho que é temerário, a gente tem discutido bastante essa realidade, porque o Banco de Brasília não é do governo de plantão, o Banco de Brasília é de Brasília, é do público.
No caso da rodoviária, nós estamos com uma situação dramática. É o descaso que houve na rodoviária. A rodoviária que na década de 80, década de 70 era um ponto de encontro da nossa população, as pessoas saíam para jantar, ir ao restaurante, todos os lugares de Brasília iam ao restaurante da rodoviária. Porém, ela virou hoje um ponto inabitável.
Para você circular ainda na rodoviária hoje, só em última instância. Ou só quem é obrigado a andar de ônibus, porque é tráfico a céu aberto, pessoas sendo assassinadas ali. Portanto, é realmente uma situação dramática. Crime organizado, é que o pessoal está vivendo ali na rodoviária de Brasília.

J.T. – Então, na sua opinião, a situação da saúde pública no DF, hoje, é o maior problema enfrentado pela população? Será que o governador acha que a melhoria dos serviços de saúde passa pela privatização também?
C.V. – Não, nós não vamos deixar na saúde não tem. E veja, tem uma lástima que foi criado em Brasília, foi criado pelo governador [Rodrigo] Rolemberg, que criou o Instituto Hospital de Base. Depois o Ibaneis se elegeu dizendo que ia acabar com o Instituto do Hospital de Base. E aí ele ampliou, ele criou o Iges-DF, que é o Instituto de Gestão Estratégica da Saúde. E aí passou as UPAs para os Iges. E hoje está acontecendo um fato grave que é falta de atendimento de toda a população revoltada lá dentro, o que termina brigando, agredindo vigilantes, agredindo os servidores, agredindo o médico. É uma tragédia o que tá acontecendo.

J.T. – Chico, mudando um pouco de assunto, o senhor poderia comentar sobre sua avaliação a respeito do Processo das Eleições Diretas (PED) do Partido dos Trabalhadores deste ano?
C.V. – Nacionalmente nós estamos apoiando o Edinho [Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP)], para presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, e no local, aqui em Brasília, nós estamos apoiando o Guilherme Sigmaringa [filho do advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas]. Nós temos o propósito firme de ter um candidato com o programa do Partido dos Trabalhadores em 2026.
Eu não sei ainda quem será o candidato, mas nós teremos, você pode escrever o que estou te falando. O PT vai ter candidato em 2026.

J.T. – Então, a intenção é unir forças para continuar a fazer do PT o maior partido do DF?
C.V. – É isso que nós estamos buscando. O PT tem uma folha de serviço extraordinária prestada ao Distrito Federal, tanto do governo do professor Cristovam Buarque, como no governo do companheiro Agnelo Queiroz, que eu tenho dito: o PT não fez e precisa fazer uma reflexão profunda do que foi o governo do Agnelo.
As transformações que aconteceram, tem que dizer efetivamente para população o que nós fizemos.
Portanto, a gente tem toda a capacidade e o direito de disputar e voltar a governar o Distrito Federal. E é por isso que nós teremos candidatos, disso você pode ter certeza.
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