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Rodoviária de Taguatinga: sem estrutura adequada, terminal opera no improviso

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Ao lado do imponente e vazio Centro Administrativo do Distrito Federal, a rodoviária interestadual provisória de Taguatinga sofre com a falta de infraestrutura. O terminal, que após mais de 30 anos mudou de lugar para a construção da polêmica nova sede do Executivo da capital, é pequeno para comportar os 10 mil passageiros diários, que se amontoam entre tapumes e disputam os poucos bancos. De provisório mesmo, há apenas o nome: o governo não tem nenhuma previsão de erguer um novo terminal.

Dali, partem ônibus de 12 empresas interestaduais e são vendidas passagens para mais de 200 cidades, além de coletivos que seguem para nove municípios da Região Metropolitana do DF. No entanto, há apenas dez boxes para acesso dos veículos. Em horários de maior movimento, os carros param fora do local determinado.

“É um descaso. Se tivessem intenção de melhorar a situação para os passageiros, teria pelo menos uma data. Aqui tem muito o que mexer. É sempre lotado, raramente há como sentar. Temos que amontoar as bagagens, o serviço é ruim”, reclamou Socorro de Paula, 46 anos, enquanto esperava um ônibus rumo ao Maranhão.

O tumulto pelo excesso de pessoas é reclamação constante. Maryland Coelho, autônoma de 45 anos, viaja mensalmente rumo ao nordeste e não titubeia ao comparar: “Parece um terminal de interior. Por ser a capital do país, deveria ter mais estrutura para a população, mas é sujo, inseguro e lotado”. Ela lembra que a outra rodoviária era antiga, velha, mas ganhava em estrutura e conforto.

Trabalho prejudicado

Ônibus convencionais de transportes de passageiros para a Região Metropolitana de três empresas têm de disputar espaço com os interestaduais. São linhas com destino a Santo Antônio do Descoberto, Pedregal, Lago Azul, Luziânia, Céu Azul, Valparaíso I e II, Cidade Ocidental e Jardim Ingá.
“Por volta das 18h fica muito cheio. Temos que parar fora dos boxes. No fim das contas, a gente trabalha do jeito que dá”, conta o despachante Alessandro Lemos.

Instalações passam por melhorias, alega governo

Ruim para motoristas, pior para taxistas. “Temos zero estrutura”, reclama Ricardo Alves, 36 anos. Há mais de uma década na profissão, ele fica no carro no intervalo entre as poucas corridas que consegue fazer. Ali, não há nenhum tipo de abrigo para os profissionais. “Por enquanto, trabalhamos com sol, chuva e coragem”, afirma. “Na outra rodoviária foi a mesma coisa, quase 40 anos assim. No fim, construíram pelo menos um telhado, mas aqui nem isso”, critica.

Apesar de todas as reclamações, o DFTrans diz que o terminal “apresenta dimensão adequada à demanda”. Para melhorar a situação, porém, a rodoviária está em obras. Segundo o governo, são melhorias nas instalações, como esgotamento sanitário e infraestrutura de apoio, realizadas pelos próprios permissionários e operadoras com apoio da autarquia.

Conforme a administração do terminal, estão em obras quiosques, banheiros para lojistas, recepção para prestação de informações e uma cobertura para taxistas. Também estão sendo ajustados os espaços de baias para os ônibus.

Saiba mais

Ônibus do transporte básico de passageiros do DF operavam no antigo terminal. Agora, segundo o governo, o serviço não será retomado, já que os terminais de Taguatinga Sul e da M Norte foram reformados.

Em 2012, comerciantes da rodoviária de Taguatinga arrecadaram R$ 3 mil em uma ”vaquinha” para melhorar a aparência e reformar os banheiros do antigo terminal. Na época, eles já aguardavam a construção de um novo e definitivo terminal há três anos.

Jornalista

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