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Casos de sequestro aumentam 20% no Distrito Federal

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De janeiro a agosto de 2017, a Polícia Civil já havia registrado 353 roubos com restrição da liberdade da vítima– um aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2016, quando houve 294 casos. Se comparado apenas os meses de agosto dos dois últimos anos, há um incremento de 53%. Os números, confirmados pela Secretaria de Segurança, foram divulgados pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol). Em agosto de 2016 foram registrados 30 casos, uma média de um por dia. Já em agosto de 2017 foram 46.

Na madrugada desse domingo (17), um motorista do Uber entrou para esta estatística. Ele foi sequestrado e espancado por três homens, um deles armado, quando estacionava o carro na Quadra 605 do Cruzeiro Novo, onde mora, após a última viagem do dia. A polícia trata casos semelhantes como roubo com restrição de liberdade.

O homem, de 31 anos, ficou internado em observação no Hospital de Sobradinho até, ao menos, a tarde de ontem, para saber se os ferimentos provocaram alguma consequência mais grave. Ele reclamava de dores na região abdominal por ter levado socos e pontapés.

Um final ainda pior foi evitado pela Polícia Militar, que foi acionada pela esposa da vítima, ao desconfiar da demora do homem. Abalada com a situação e com medo retaliação por parte dos assaltantes, ela preferiu não comentar o caso com a equipe do JBr. O receio ocorre porque nenhum dos envolvidos havia sido preso até o fechamento desta edição.

O motorista tinha comentado, na noite de sábado, que faria uma última viagem e depois voltaria para casa. A mulher acabou pegando no sono e, por volta das 2h, acordou e viu que o companheiro ainda não havia chegado. Além disso, ele não atendia o celular nem respondia as mensagens.

Como o carro pode ser monitorado por GPS, a companheira resolveu consultá-lo para saber do paradeiro do esposo. E com isso, o susto: ele estava parado em uma estrada de Sobradinho, há 40 minutos. Como ele não costuma fazer mudanças de roteiros normalmente, a mulher preferiu tomar providências. Preocupada, procurou a polícia, que se encaminhou ao ponto indicado pelo localizador.

Descalço e de cueca

O soldado Paulo Moreira, junto à equipe da PM, se deslocou do Cruzeiro até o km 36 da DF-206, na região da Fercal, local deserto e sem pavimentação. “Avistamos o carro e fomos até lá com cuidado, pois não sabíamos se era uma emboscada ou se os assaltantes ainda estariam na região”, lembra.

Os militares ouviram gritos de socorro, vindos de uma mata próxima, depois de ligar o rotolight. Era a vítima, que apareceu descalça e apenas de cueca. O rosto estava inchado, e olhos e boca sangravam. Por isso, o homem foi levado imediatamente ao Hospital Regional de Sobradinho. No caminho, ele contou aos policiais que o plano dos assaltantes era matá-lo, mas eles desistiram e o abandonaram na estrada de terra com as mãos amarradas pelo cinto.

O homem testemunhou que foi abordado por três pessoas, mas dentro do carro onde o jogaram havia mais dois. Ele já foi abordado com uma coronhada e jogado no banco de trás. Os chutes e pontapés começaram ainda no Cruzeiro e só terminaram em Sobradinho. Segundo o relato do policial que atendeu a ocorrência, os criminosos eram muito violentos e levaram todos os pertences pessoais, como carteira, cartões e o celular do motorista.

O caso vai ser investigado pela 3ª DP, do Cruzeiro. O veículo da vítima foi apreendido e vai ser periciado para ver se é possível encontrar indícios dos autores do crime.

Jornalista

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